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segunda-feira, 23 de julho de 2007

Diario de um cão


1ª semana. Hojé faz uma semana que nasci!
Que alegria ter chegado a esse mundo!!!

1 mês.
Minha mamãe cuida muito bem de mim. é uma mãe exemplar.

2 meses.
Hojé me separaram de mamãe. Ela estava muito inquieta e com seus olhos me disse adeus como esperando que minha nova

"família humana" cuidasse bem de mim, como ela havia feito.

4 meses. Cresci muito rápido, tudo chama minha atenção.
Há várias crianças na casa que são como meus "irmãozinhos".
Somos muito levados, eles me jogam uma bola e eu os mordo jogando.

5 meses. Hojé me castigaram, minha dona se zangou porque fiz"pipi" dentro de casa... mas nunca me disseram onde eu deveria fazer.

6 meses. Sou um cão feliz. Tenho o calor de um lar, sinto-me seguro e protegido...Creio que minha família humana me ama muito...

Quando estão comendo me convidam, o pátio é somente para mim e eu estou sempre cavoucando, como os meus antepassados lobos, quando escondiam a comida.

Nunca me educam, seguramente porque nada faço de errado.

12 meses. Hojé completei um ano. Sou um cão adulto e meus donos dizem que cresci mais do que eles esperavam.
Que orgulhosos devem estar de mim!!!

13 meses. Como me senti mal hoje...
Meu"irmãozinho" tirou a minha bola. Como nunca pego seus brinquedos fiu atrás dele e o mordi. Mas como meus dentes estão muito fortes, machuquei-o sem querer.
Depois do susto me prenderam e quase não posso me mover para tomar um pouco de sol. Dizem que sou ingrato e que vão me deixar em observação... não entendo nada do que está acontecendo.

15 meses. Tudo mudou... vivo preso no pátio...na corrente...me sinto muito só...minha família já não me quer.
As vezes esquecem que tenho fome e sede e quando chove não tenho teto que me cubra...

16 meses. Hoje me tiraram da corrente.
Pensei que tinham me perdoado...Fiquei tão contente que dava saltos de alegria e meu rabo parecia um molinete...
Parece que vou passear com eles.

Subimos no carro, atrelamos o carreto e andamos um grande trecho quando pararam. Abriram a porta e eu desci correndo, feliz, crendo que era dia de passeio no campo.
Não entendo porque fecharam a porta e se foram...

"Esperem"!!!_lati..."esqueceram de mim...!!!".
Corri atrás do carro com todas as minhas forças...minha angústia aumentou ao perceber que o carro se afastava e eles não paravam. Tinham me abandonado...

17 meses. Procurei, em vão, achar o caminho de volta á casa.
Sento-me no caminho, estou perdido e algumas pessoas de bom coração que me olham com tristeza e me dão algo de comer...

Eu agradeço com um olhar do fundo de minha alma...quisera que me adotassem, eu seria leal como ninguém.
Pórem eles apenas dizem "pobre cãozinho, deve estar perdido".

18 meses. Outro dia passei por uma escola e vi muitas crianças e jovens como meus "irmãozinhos". Cheguei perto e um grupo deles, dando risadas, atirou-me uma chuva de pedras "para ver quem tinha melhor pontaria"...uma dessas pedras atngiu um dos meus olhos e desde então não enxergo com ele.

19 meses. Parece mentira mas quando eu estava mais bonito as pessoas se compadeciam mais de mim...
Agora que estou muito fraco, com aspecto bem mudado...perdi meu olho, as pessoas me tratam a pontapés quando pretendo deitar-me na sombra...

20 meses. Quase não posso me mover. Hoje, ao atravessar a rua por onde passam os carros, um deles me atropelou. Pelo que sei, estava num lugar seguro chamado"sarjeta", mas nunca vou me esquecer do olhar de satisfação do motorista. Acho que ele fez de propósito.
Oxalá tivesse me matado...porém só me deslocou a cadeira. A dor é terrível, minhas patas traseiras não me rspondem e com dificuldade me arrastei até uma moita de ervas fora da estrada...

Já fazem 10 dias que estou em baixo de sol, chuva e frio, sem comer. Não posso me mover, a dor é insuportável.
Sinto-me muito mal, estou num lugar úmido e parece que meu pelo está caindo. Algumas pessoas passam e não me vêem; outras dizem:"não se aproximem".Já estou quase inconsciente, pórem uma força estranha me fez abrir os olhos.

A doçura de sua voz me fez reagir. "Pobre cãozinho, veja como te deixaram", dizia...junto a ela estava um senhor de roupa branca que começou a tocar-me e disse: "Sinto muito senhora, mas esse cão já não tem remédio, o melhor é que deixe de sofre." A gentil dama consentiu, com os olhos cheios de lágrimas. Como pude, mexi o rabo e olhei para ela agradescendo por me ajudar a descansar...Senti somente a picada da injeçao e dormi para sempre, pensando em porque nasci, se ninguém me queria...

Trate seu cãozinho com amor porque ele te ama incondicionalmente!

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Amigo não tem defeito


O dono de uma loja estava a colocar um anúncio na porta: “Cãezinhos à venda”.
Esse tipo de anúncio sempre atrai as crianças, e logo um menino apareceu na loja perguntando:

- Qual o preço dos cãezinhos?

O dono respondeu:

- Entre 300,00 e 500,00

O menino colocou a mão em seu bolso e tirou umas moedas.

- Só tenho 22,37 . Posso vê-los???

O homem sorriu e assobiou...

De trás da loja saiu uma cadela correndo, seguida por cinco cãezinhos. Um dos cãezinhos estava ficando para trás. O menino imediatamente apontou o cãozinho que estava mancando.

- O que aconteceu com esse cãozinho? - perguntou.

O homem lhe explicou que quando o cãozinho nasceu, o veterinário lhe disse que tinha uma perna defeituosa e que andaria mancando pelo resto de sua vida.

O menino emocionou-se e exclamou:

- Esse é o cãozinho que eu quero comprar!

E o homem respondeu:

- Não, tu não vais comprar esse cão, se tu realmente o queres, eu dou-te de presente.

O menino não gostou, e olhando directo nos olhos do homem lhe disse:

-Eu não quero que o senhor me dê de presente. Ele vale tanto quanto os outros cãezinhos e eu pagarei o preço completo. Agora vou lhe dar meus 22,37 e a cada mês darei 0,50 cêntimos até que o tenha pago por completo.

O homem respondeu:

- Tu não queres de verdade comprar esse cãozinho, filho. Ele nunca será capaz de correr, saltar e brincar como os outros cãezinhos.

O menino agachou-se e levantou a perna das suas calça para mostrar a sua perna esquerda, cruelmente retorcida e inutilizada, suportada por um grande aparato de metal. Olhou de novo ao homem e lhe disse:

- Bom, eu também não posso correr muito bem, e o cãozinho vai precisar de alguém que o entenda.

O homem estava agora envergonhado e seus olhos se encheram de lágrimas. Sorriu e disse:

- Filho, só espero que cada um destes cãezinhos tenha um dono como tu!!!

Affenpinscher


AFFENPINSCHER significa em alemão “Pinscher–macaco”. Recebeu este nome por causa da sua cabeça pequena como a de alguns macacos. Pensa-se que esta raça seja descendente do Griffon de Bruxelas, ou seria ele próprio seu ascendente. A raça é certamente antiga e a prova disto é que existem pinturas anteriores ao XVII século nas quais aparecem cães com aparência similar a ele. Sua popularidade não deixou de aumentar desde o final dos anos 30, época em que passou a ser notado nas exposições de cães.

TEMPERAMENTO

Este cão é uma mistura de exuberância e de serenidade. É vivo, companheiro, brincalhão, atento, leal, afetuoso, franco e um pouco teimoso. O Affenpinscher é um bom vigia e guardião e também caçador de roedores. Costuma latir somente para alertar seu proprietário da presença de pessoas estranhas.Esta raça está perfeitamente adaptada à vida em apartamento.Deve-se escová-lo e ou penteá-lo diariamente para mantê-lo sempre limpo.

CARACTERÍSTICAS

CABEÇA: redonda parecida com um macaco; focinho curto, stop pronunciado, mordida ligeiramente prognata;trufa e lábios pretos.
ORELHAS: pequenas com inserção alta;se cortadas ficam eretas e para frente; se íntegras, permaneceram em forma de V invertido ou em alguns exemplares naturalmente eretas.
OLHOS: grandes, redondos e escuros rodeados de uma coroa de pêlos duros.
CORPO: quadrado; pescoço curto; peito chato; antepeito bem desenvolvido; dorso reto, curto e ligeiramente descendente.
CAUDA: amputada com aproximadamente três vértebras, de inserção alta e está constantemente levantada.
PÊLO: áspero e grosso no corpo;na cabeça e na cara é arrepiado, reto e com mechas aparecendo em torno da face;sobrancelhas eriçadas e barba cheia.
PELAGEM: preferivelmente preta,marcas ou nuances de marrom ou cinza são permissíveis.
TAMANHO: de 25 a 30 cm.
PESO: até 4 kg

Afghan Hound


O Afghan Hound é uma raça de cães de vigia muito antiga. A raça possui este nome pois é originária do Afeganistão.

Aparência

Seu aspecto geral deve ser nobre, forte e majestoso. A altura na cernelha vai de 68 a 74 cm, sendo as fêmeas um pouco menores que os machos.

Sua cabeça é longa, reta e fina, com stop moderado. A trufa do nariz é negra ou fígado, olhos pequenos de formato quase triangular, que podem ser escuros ou amarelos.

O pêlo é fino e sedoso, mas deve ser curto ao longo da coluna e mais longo, formando uma franja na parte inferior do corpo. Deve ser escovado frequentemente. A cauda termina com um anel encaracolado.

Suas cores mais comuns são fulvo, negro, tricolor, preto com marrom, creme, mas todas as cores são admitidas.

Temperamento

Corajoso, doce e sensível, é um cão muito inteligente e gosta de dar loucas corridas eventualmente, por isso é melhor que seja criado em lugares espaçosos. É desconfiado com estranhos, sem contudo demonstrar-se hostil. Não é adequado para guarda, e deve ser treinado de forma gentil, com boas maneiras.

Saúde

Afghans são uma raça relativamente saudável; a maioria dos problemas de saúde são alergias e câncer. Sensitividade à anestesia é um problema que o Afghan Hound tem em comum com cães de corpo esbelto, pois estes cães tem pouca gordura no corpo.

Afghan Hounds são uma raça que vive bastante, normalmente 13-14 anos.

História

Foi originalmente usada para caçar lobos, raposas e gazelas. Após chegar à Europa e às Américas, graças à sua extraordinária beleza, foi transformado unicamente em cão de luxo. Para que possa participar de exposições, sua delicada e longa pelagem demanda muitos cuidados, portanto não foi mais sendo utilizado na caça.

Sempre se achou que a raça datava da era pré-Cristã, e descobertas recentes por pesquisadores estudando DNAs antigos revelaram que o Afghan Hound de fato é uma das mais antigas raças.

Curiosidades

Sua exportação era proibida em seus países de origem, portanto essa raça chegou à Europa já totalmente desenvolvida apenas no Século XX, por contrabando.

O primeiro cão clonado foi um da raça Afghan Hound chamado de Snuppy.

Airedale Terrier



História da raça - Ficha técnica (da Revista Cães & Cia., n° 165)

No começo do século passado, na Inglaterra, os caçadores de raposa, texugo, doninha, lontra, nútrias e demais variedades de caça menor, nas proximidades do rio Aire, idea-lizaram o cruzamento entre o Ryke preto e marrom - ágil, corajoso, de boa visão e audição (considerado o an-cestral não só do Airedale mas também do Irish, Fox e Welsh) -com o Otter Hound (cães de faro apurado e inegável habilidade em nadar). O resultado desse cruzamento foi o Airedale Terrier, o maior e mais forte dos ter-riers, um cão de defesa e caça, resistente à água a ao gelo. Chamados inicialmente, por volta de 1864, de Working, Waterside e Bingley Terrier, sur-giram em exposições em 1879 e o primeiro registro oficial data de 1884. Ainda hoje são empre-gados na caça na África, Índia e Canadá. Também são usados pelas polícias alemã e inglesa. Em vários guerras tiveram papel de destaque como mensageiros, inclusive no Guerra das Mal-vinas.

APARÊNCIA GERAL: musculoso, ativo, curto; o maior dos terriers.
CARACTERÍSTICAS: expressão viva e movimentos rápidos.
TEMPERAMENTO: extrovertido, confiante, amistoso, corajoso, inteligente, sempre alerta
e não-agressivo.

MOVIMENTAÇÃO: os membros deslocam-se retos para a frente. A força propulsora provém dos posteriores.
PELAGEM: dura, densa, não muito comprida a ponto de parecer emaranhada. Pêlos retos e deitados cobrindo todo o corpo e pernas.
COR: o manto, a parte superior do pescoço e da cauda são pretos. 0 resto do corpo é cor de canela (tan) e as orelhas freqüentemente de um canela mais escuro.
ALTURA: macho de 58 a 61 cm na cernelha; fêmeas de 56 a 59 cm na cernelha.
CAES & CIA 165.

Akita


Se procura outro significado de Akita, consulte Akita (desambiguação).
O Akita ou Akita Inu é uma raça de cães originária do Japão. O nome foi dado em relação à província de Akita, de onde a raça é considerada originária. "Inu" significa cão em japonês, e muitas vezes o animal é referido como "Akita-ken" (um trocadilho, pois a palavra "província" é pronunciada "ken" em japonês)

Aparência

Os cães da raça possuem uma aparência de lobo, sendo fêmeas mais baixas, e os machos maiores. O peso varia entre 35 e 40 kg, e a altura na cernelha deve ser entre 64 e 70 cm para os machos, e 58 e 64 cm para as fêmeas.

Seu aspecto geral é imponente, robusto e nobre, devendo ser bem proporcionado. O focinho é potente e afilado, mas jamais pontudo, com cana nasal reta e curta. Dentes fortes, com mordedura em tesoura, nunca prognatas. Os olhos são levemente pequenos e triangulares, as orelhas são portadas eretas, ligeiramente inclinadas para a frente. A cauda é grossa e forte, com seu comprimento chegando até o jarrete, mas deve portar-se enrolada sobre o dorso.

Sua pelagem é dupla, sendo o pêlo de cima duro e reto e o subpêlo macio e denso, o que lhe dá aparência de um bichinho de pelúcia. Como possui subpêlo, há uma intensa muda (troca de pêlo) em algumas épocas do ano, devendo ser muito bem escovado para manter seu belo aspecto e eliminar os pêlos mortos. Suas cores podem ser vermelho-fulvo, sésamo (pêlos vermelhos com as pontas pretas) tigrado e branco. Os exemplares de todas as cores, exceto a branca, devem apresentar o “URAJIRO” (pelagem esbranquiçada nas laterais do focinho, nas bochechas, sob o queixo, pescoço e ventre, na face inferior da cauda e face interna do membros).

Temperamento

Dócil, prudente, afetuoso e corajoso. Excelente para crianças por ser muito paciente. Late pouco, nunca late desnecessariamente, e é muito seguro de si. É possessivo com seu território, o que faz desta raça excelente guardiã, tanto de propriedades quanto pessoal. Na guarda, seu comportamento não é ostensivo, como pode-se observar nos Dobermanns, mas costuma manter-se em um local que ofereça boa visibilidade, deslocando-se apenas se achar necessário.

É muito apegado ao dono, sendo considerado "cão de um dono só", sofre muito quando abandonado e às vezes não consegue se adaptar aos novos donos. Entretanto, uma vez conquistado será um excelente guardião e companheiro por toda a vida. Precisa de ensinamento para corresponder ao controlo normal pelo chamamento do dono.

História

Origem da Raça Akita

Dos tempos antigos à era Meiji
Acredita-se que havia uma grande migração de pessoas entre o Japão e a Ásia antes que estas duas áreas se separassem. Foi durante esta época que os cães foram introduzidos no Japão. Ossos de cães do tipo Spitz foram encontrados em sepulturas da Era Jomon (8000 a.C. a 300 a.C).

Após a separação das ilhas que compõe o Japão da grande massa de terra, as embarcações passaram a ser necessárias para se viajar entre as ilhas e o continente e isso diminuiu muito a migração.

A diferenciação entre os cães do tipo spitz iniciou-se a partir do isolamento das regiões e os cães tornaram-se mais apropriados para as necessidades de caça de cada área. Estes cães tornaram-se menos genéricos em aparência com a diminuição da variedade de cruzamentos, porém o tipo básico do spitz permaneceu nestes cães.

A partir do final da Era Jomon, a caça tornou-se popular e muitos ossos de cães foram encontrados junto a outros restos mortais, especialmete na parte nordeste do Japão, junto ao Oceano Pacífico. Mais tarde, na Era Yayoi (300 a.C. a 300 d.C), houve uma diminuição do número de ossos caninos encontrados em sepulturas. Porém, os cães representados em pratos e estatuetas de barro desta era tinham as orelhas eretas e caudas enroladas como os atuais cães japoneses.

Existem referências a cães em alguns livros de história japonesa como o Kojiki (uma crônica do Japão Medieval de 712 d.C) e Nihon Shoki (As Crônicas do Japão da era Yayoi). Na Era Kamakura (1192- 1333) há relatos sobre cães de briga. As briga de cães também eram muito populares na Era Edo (1603 a 1868).

No início da era Edo houve um crescimento da influência européia no Japão. Com a abertura dos portos a navios estrangeiros, a importação de cães do continente europeu tornou-se um negócio bastante próspero e até mesmo uma nova palavra, kara-inu, significando "cão estrangeiro" foi cunhada. A maioria destes cães importados eram do tipo hound. Conta-se que o Xogun Tokugawa Ieyasu possuía uns 70 destes cães para caçar cervos. A popularidade dos cães estrangeiros poderia ter causado o fim das raças nativas do Japão caso os descendentes de Tokugawa Ieyasu tivessem o mesmo interesse nos cães estrangeiros.

Ainda na Era Edo, uma lei bastante curiosa foi criada. Em 1685 o quinto Xogun Tokugawa Tsunayoshi promulgou a lei Shorui Awaremi-no-Rei, determinando a compaixão por todas as coisas vivas e proibindo a matança ou abandono de animais, especialmente de cães. O resultado foi que milhares de cães sem dono passaram a vagar pelas ruas de Edo, hoje a província de Tokyo. Mais de cem mil cães sem dono eram mantidos em canis especialmente construídos para tal.

Por volta do ano 1640 o Japão retraiu-se e isolou-se novamente do resto do mundo negociando apenas com a Mongólia, Coréia e China. O isolamento do Japão durou mais de duzentos anos e só terminou em 1853 com a chegada do Comodoro americano Matthew Perry. Mais uma vez o Japão iniciou um ciclo de interesse em todas as coisas estrangeiras, especialmente ocidentais.

Alguns engenheiros de minas europeus começaram a trabalhar nas minas das montanhas do norte de Honshu. Parte desta área faz parte hoje da Prefeitura de Akita, que nos anos 1800 era chamada de Dewa e sua cidade principal chamava-se Odate. Bastante distante das cidades da planície ocidental, era uma região montanhosa, íngreme e fria. A caça dessa região consistia em javalis, alces e o grande urso Yezo (que chegava a pesar 350Kg). Os cães utilizados para caçar no norte sempre foram conhecidos pelo seu grande porte e eram utilizados em pares de macho/fêmea para encurralar a caça até que os caçadores chegassem. Conta-se que um nobre desenvolveu um tipo de cão especialmente apropriado para este tipo de caçada e este esforço de criação pode ter sido o início do grande cão de caça japonês.

Em contraste com as regiões rurais, nas cidades japonesas, densamente povoadas, geralmente encontrava-se cães mestiços de raças nativas e estrangeiras. Ninguém parece ter feito qualquer tipo de esforço para preservar as raças japonesas das cidades, com exceção do Chin Japonês.

As brigas de cães continuaram populares na Era Meiji (1868 a 1911). Naquela época os Akitas eram chamados cães de Odate por causa do nome da sua cidade. Por volta de 1897, cães de briga Tosa foram introduzidos na prefeitura de Akita. Naquela época Tosa, hoje conhecida como Prefeitura de Kochi, era uma das duas áreas mais populares em brigas de cães.

No início a raça Akita era mais forte do que a Tosa, mas gradualmente a situação se reverteu devido a cruzamentos de cães da raça Tosa com cães de raças europeias. Com as mudanças trazidas pela ocidentalização, alguns cães foram criados especialmente para este esporte. Um dos favoritos era o Cão de Briga Tosa, uma mistura entre o Tosa nativo (Shikoku) e várias outras raças como Buldogue, Dogue Alemão, Pointer, Mastiff etc.

Para aumentar o tamanho e o instinto de briga, o mesmo tipo de cruzamentos foi feito no norte com os cães nativos da região Dewa/Akita. As raças provavelmente utilizadas nesses cruzamentos foram os Dogue Alemão, trazidos pelos engenheiros de minas alemães e os Mastiff Tibetanos trazidos por comerciantes Mongóis.

A partir da Era Meiji até a Era Taisho (1912 a 1925), os cães no Japão eram classificados em três categorias. Uma era o cão de caça japonês, que era grande, com orelhas eretas e cauda enrolada. O segundo eram os pequenos cães vindos da China, chamados Chin. O terceiro eram os mestiços com raças asiáticas e européias, verdadeiros SRD.

Do Início da Era Showa até Hoje - Movimento de Preservação
O início da preservação dos cães nativos japoneses deu-se pelo crescente nacionalismo japonês no século XX. A medida em que o interesse dos japoneses começou a focar-se em sua própria história e cultura, eles começaram a prestar mais atenção aos cães que sempre estiveram presentes no Japão.

Felizmente o isolamento rural do norte do país permitiu que a caça continuasse a ser uma importante fonte de alimentos. Quando a atenção voltou-se para os cães nativos, os Matagi Inu (cães de caça) ainda podiam ser encontrados para servir como base de criação.

Um nome de grande importância no movimento preservacionista foi o do Professor Shozaburo Watase, que publicou um artigo sobre os cães japoneses em 1915. Ele também começou a palestrar sobre este asssunto e fundou um comitê histórico preservacionista para o Ministério de Assuntos de Estado. Em 1919, sob sua liderança, uma lei para a preservação de espécies do Japão foi aprovada.

Nesta época a raça Akita encontrava-se em grande declínio dentre as raças japonesas, não só em números como também em pureza, devido aos diversos cruzamentos com cães de briga Tosa e com cães de diversas raças ocidentais.

Em 1920 o Dr. Watase foi a Odate para pesquisar os cães Akitas da região. Porém ficou desapontado ao constatar que devido à falta de uniformidade dos cães Akita, ele não poderia designar nenhum deles como monumento nacional. Nessa época as brigas de cães ainda eram muito populares e a ênfase na criação dos cães era muito maior na habilidade de briga do que na aparência do cão. Antes de deixar Odate, o Dr. Watase convocou os apreciadores dos cães Akita a preservar a raça antes que a mesma se tornasse extinta.

No início da Era Showa (1926 a 1988), em 1927, o prefeito de Odate, Sr. Shigeie Izumi, contrário aos cruzamentos entre os cães de Odate com outras raças, principalmente com o Tosa, fundou a Sociedade Akita Inu Hozankai (AKIHO) num esforço para preservar a pureza da raça de Odate. Ao mesmo tempo, as brigas de cães gradualmente foram perdendo sua popularidade.

Devido a uma grande preocupação da população com a sobrevivência dos cães japoneses, em junho de 1928 fundou-se o Nipponken Hozonkai (NIPPO), uma organização para os cães Akita, Hokkaido, Shiba, Kai, Kishu e Shikoku). O NIPPO passou a registrar cães japoneses, a publicar um boletim e a organizar exposições.

Na primavera de 1931, um grupo liderado pelo Dr. Tokio Kaburagi foi a Odate pela segunda vez com a disposição de que o Akita deveria ser restaurado ao que se acreditava ser o tipo puro do cão japonês. Finalmente, em Julho de 1931 o governo japonês declarou o grande cão do Japão como um Monumento Natural do Japão. A raça foi finalmente batizada com o nome da região onde se originou passando a ser conhecida como Akita Inu.

No Japão as raças caninas são tipicamente associadas com as áreas de onde se originaram: Akita, Hokkaido, Shiba, Kai e Shikoku. A palavra inu significa cão em japonês. Assim, Akita Inu = Cão de Akita.

O interesse nos Akitas recebeu um grande incremento com a publicidade sobre a raça. Primeiramente em 1932 pela publicação em primeira página nos jornais de Tóquio, da história de Hachi-Ko. Depois pela muito divulgada visita da escritora americana cega, surda e muda Helen Keller ao Japão. Ela expressou interesse na raça e foi presenteada com dois filhotes de Akita. O primeiro morreu ainda novo, mas o segundo tornou-se companheiro inseparável de Hellen até sua morte.

Felizmente essa atenção da mídia coincidiu com o crescente nacionalismo japonês, ou de outro modo os cães nativos do Japão poderiam ter desaparecido definitivamente.

Para ajudar a determinar se um cão verdadeiramente representava um tipo nativo, o NIPPO desenvolveu um padrão escrito da raça publicado em setembro de 1934. A Akiho, que colaborou com a NIPPO durante seus primeiros anos, publicou seu primeiro padrão do Akita em 1938.

De acordo com muitos dos estudiosos dos cães japoneses, o tipo puro original do cão Akita era provavelmente do tamanho dos cães Matagi (caça) encontrados nas aldeias nas montanhas do Japão. Estes cães Matagi era ligeiramente maiores que os cães médios. O objetivo dos criadores sérios de Akitas passou a ser aumentar o tamanho dos cães, mantendo-se a aparência dos cães japoneses.

A Segunda Guerra Mundial quase causou a completa extinção dos Akitas devido à escassez de alimentos e à demanda da pele dos animais pelo exército japonês. Porém, algumas pessoas esconderam seus Akita-Inus e os mantiveram em segredo. Poucos cães sobreviveram à Guerra. Após a Guerra, alguns oficiais das forças de ocupação na Prefeitura de Akita interessaram-se pelos Akitas. Os americanos ajudaram a alimentar e a cuidar desses Akitas.

Mesmo nesses tempos difíceis a restauração da raça foi reiniciada e para preservar a raça, foram feitos alguns cruzamentos, especialmente com Pastores Alemães. Outros cães japoneses também foram utilizados. Após a Guerra os criadores japoneses passaram a tentar erradicar qualquer sinal desses cruzamentos.

Duas linhagens principais emergiram após a Guerra e foram utilizadas no processo de restauração da raça: Dewa e Ichinoseki. A linhagem Dewa veio do cão Dewa-go, do canil do comerciante de cães Yozaburo Ito. A linhagem Ichinoseki iniciou-se com o cão Ichinosekitora-go, de propriedade do Sr. Kuniro Ichinoseki.

Devido à falta de uniformidade na aparência dos Akitas durante os anos iniciais da restauração da raça, os criadores japoneses encontraram muitos problemas em seus esforços iniciais para restaurar o Akita como um cão japonês. A linhagem Dewa era esteriotipada como os Akitas tipo "Pastor Alemão" e a linhagem Ichinoseki como os Akitas tipo "Mastiff".

Em 1948 foi fundada em Tóquio a Akitainu Kyokai (AKIKYO), uma outra sociedade objetivando a restauração do Akita, com a publicação de seu padrão no mesmo ano.

Hoje ainda existem três organizações que registram os Akitas. A AKIHO é a maior e mais influente. A AKIKYO foi reconhecida em 1988 e mantém-se ativa. A NIPPO, porém, passou a focar-se principalmente nos cães de raças japonesas médias e pequenas.

O padrão atual do Kennel Club Japonês e da FCI baseia-se nos padrões NIPPO, AKIHO e AKIKYO.

A raça Akita sofreu grandes mudanças até chegar ao padrão atual, porém os esforços para a melhoria da raça continuam firme a fim de melhorar os diversos problemas encontrados, tais como tórax estreito, baixa estatura, pelagem muito longa ou muito curta, falta de dentes, língua manchada, forma dos olhos defeituosa, desvios de temperamento, etc.

Utilização

Originalmente, no Japão, era empregado em rinhas, o que quase extinguiu a raça. Também já foi usado na caça a grandes animais, mas hoje serve como cão de companhia e de guarda, onde destaca-se devido à sua grande força e sentimento de fidelidade ao dono.

Curiosidades
A raça foi quase extinta durante a Segunda Guerra Mundial. Para recuperá-la, foi feito um intenso trabalho de seleção com os exemplares remanescentes. Paralelamente, exemplares mestiçados com Pastor Alemão e Mastins foram para a América, onde foram selecionados e a criação foi direcionada para formar uma nova raça: o Akita Americano.

American Akita


No início a história do Grande Cão Japonês (anteriormente Akita Americano) é idêntica ao desenvolvimento do Akita Japonês. Desde 1630, na região de Akita, Akitas Matagis (cães caçadores de ursos) eram usados em lutas de cães. A partir de 1868, a raça foi cruzada com Tosas, Pointers Alemães, São Bernardos ou Dogues Alemães. Em 1908, as lutas entre cães foram proibidas, mas a raça foi preservada e, em 1931, designada como Monumento Natural.

Durante a IIª Guerra Mundial (1939-1945), era comum para usar cães como fonte de pêlo para as roupas militares.. A polícia ordenou a captura e o confisco de todos os cães, exceto os Pastores Alemães, usados para razões militares. Alguns criadores tentaram burlar a lei, cruzando seus cães com Pastores Alemães. Quando a IIª Guerra terminou, os Akitas tinham sido drasticamente reduzidos em número e existiam 3 tipos distintos: 1) Matagi Akitas; 2) Akitas de luta e 3) Akitas "pastores" (cruzados). Isto criou uma situação muito confusa para a raça.

Durante o processo de restauração da raça pura após a guerra, Kongo-Go da linha Dewa, alcançou uma popularidade tremenda, mas temporária. Muitos Akitas da linha Dewa , os quais exibiam características da influência de Mastiff e Pastores Alemães, foram levados aos Estados Unidos pelos membros das forças militares.Os Akitas da linhagem Dewa, inteligentes e capazes de se adaptarem a diferentes ambientes, fascinaram os criadores nos Estados Unidos e a linha foi desenvolvida, aumentando o número de criadores e crescendo em popularidade.

O Akita Club of America foi fundado em 1956 e o American Kennel Club (AKC) aceitou a raça (inscrição no stud book e permissão para participar de exposições) em outubro de 1972. Entretanto, nesta ocasião o AKC e o JKC (Japan Kennel Club) não possuíam acordos recíprocos para reconhecimento de seus pedigrees e assim a porta se fechou para novas linhas de sangue do Japão. Consequentemente os Akitas nos Estados Unidos tornaram-se consideravelemente diferentes daqueles no Japão, seu país de origem. Eles se desenvolveram como um tipo único nos Estados Unidos, cujas características e tipo se mantêm inalteradas desde 1955. Isto se contrasta claramente com o tipo japonês, que foi cruzado com Akitas Matagi com o propósito de se restaurar a raça pura original.

Aparência geral:

Cão de grande porte e construção robusta, bem balanceado, com muita substância e ossatura pesada. Cabeça larga, formando um triângulo abrupto, focinho profundo, olhos relativamente pequenos e orelhas eretas e portadas para frente quase numa linha posterior do pescoço são características da raça.

Proporções importantes:

A relação entre a altura na cernelha e o comprimento do corpo é de 9:10 nos machos e 9:11 nas fêmeas;
A profundidade do peito é igual à metade da altura do cão medida na cernelha;
A distância da ponta da trufa até ao stop, corresponde à distância do stop para o occipital como 2:3.

Temperamento:

Amigável, alerta, responsivo, digno, dócil e corajoso.

Movimentação:

Poderosa, com cobertura de solo de alcance moderado. Movimento paralelo quando visto pela frente e por trás, o dorso se mantém forte e firme e nivelado.

Pelagem:

Pelos: Pelagem dupla. Subpelo grosso, macio, denso e mais curto do que o pelo , que é reto, áspero, grosso e relativamente assentado pelo corpo. A pelagem é mais curta na cabeça, porção inferior dos membros e orelhas. O comprimento do pelo na cernelha e culotes é de aproximadamente 5 cm., o que o torna ligeiramente mais longo que o restante do corpo, exceto a cauda, onde há uma pelagem mais longa e profusa.

Cor: Qualquer cor como vermelho, castanho, branco, etc; ou malhado ou tigrado. As cores são brilhantes e as marcações bem balanceadas, com ou sem máscara. Cães brancos (de cor sólida) não têm máscara. Os malhados têm cor de fundo branca com manchas grandes balançadas cobrindo a cabeça e mais que 1/3 da superfície corporal. O subpelo pode apresentar coloração diferente do pelo.

Talhe:

Medido à cernelha, 66 ( 26") a 71 (28") cm para machos e 61 (24") a 66 (26") cm para fêmeas.

Faltas:

Qualquer desvio nos termos deste padrão deve ser considerado falta e punido na exata proporção de sua gravidade.


Machos femininos ou fêmeas masculinas;
Cabeça estreita;
Qualquer falta dentária (exceto 2 de PM1 e ou M3I);
Lingua manchada;
Olhos claros;
Cauda curta;
Cotovelos voltados para dentro ou para fora;
Qualquer indicação de pelagem longa;
Medo ou agressividade.

Faltas graves:

Animal pouco substancioso;
Ossatura leve.