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quarta-feira, 18 de julho de 2007

Griffon


História

O Griffon Nivernais é considerado um dos mais antigos cães de caça franceses. Natural da região que lhe deu nome - Nivernais - remonta provavelmente ao ano 1200 e pensa-se que descende do Gris St Louis, um dos cães preferidos do Rei Luís XI e escolhido també pelo Rei Luís XIV, quase 4 séculos depois.

Inicialmente, foi utilizado para caçar lobos e javalis em matilha, altura em que a caça adquirira uma faceta elitista e a sua realização implicava um conjunto de preparativos, por forma a que se cumprirsse com todo um aparato. Músicos, caçadores, cavalos e largas dezenas destes cães participavam neste quase ritual reservado às classe aristocráticas.

Cumpria-lhe seguir o rasto das presas feridas ou já abatidas, tarefa na qual aplicava o seu olfacto apuradíssimo e desafiava a sua considerável resistência física.

Vários foram os episódios que se revelaram problemáticos para a estável criação destes cães. Entre eles, conta-se que no reinado do Rei François I (1494-1515) estes cães perderam algum do seu prestígio (e consequente protecção) no seio da realeza, devido à preferência daquele Rei por cães brancos.

Paralelamente, perante a diminuição do número de presas maiores, foram realizados cruzamentos no sentido de adaptar o Griffon Nivernais às presas mais pequenas. O cruzamento deste com um cão chamado “Archer” (um Foxhound), originaram o Griffon-Vendéen-Nivernais, que veria o seu nome reduzido apenas a Griffon Nivernais, no final do séc. XIX.

Neste final de século, o Nivernais estava de facto em perigo de extinção e, se não tivessem sido os esforços de um pequeno grupo de admiradores, a raça ter-se-ia perdido para sempre.

O actual Griffon Nivernais ressurgiu nas regiões Morvan e Nièvre e foi alvo de uma cuidadosa selecção para recuperar os traços do seu carácter independente e os seus desenvolvidos instintos de caça. É hoje utilizado para caça miúda, mas na Grécia, EUA e Canadá (locais para onde são exportados) as suas presas são os ursos.

A raça foi oficialmente reconhecida pela Societé de Vénerie, em 1922 e, três anos depois, é criado o primeiro clube da raça. Em 1995, o Griffon Nivernais foi reconhecido pelo United Kennel Club, sendo igualmente aceite pela Federation Cynologique Internacionale.

Temperamento

Aparentemente tímido, este é um cão calmo, bastante independente e corajoso. No terreno de caça, revela-se resistente, devoto ao seu trabalho e com espírito de iniciativa. Adapta-se facilmente a todos os terrenos porque é deveras robusto.

Na sua relação com os donos, é um animal afectuoso e sociável, mas dada a sua forte personalidade, nem sempre é obediente. É por isso aconselhável que seja educado desde pequeno a cumprir as regras estipuladas. Com as crianças é extremamente amigo e não é agressivo. Aceita muito bem a presença de outros animais de estimação.

Descrição

O Griffon é um cão alto, cuja altura nas espáduas varia entre os 53,5-58,5 cm e o seu peso oscila entre os 22,7-25 Kg.

A sua pelagem tem um aspecto descuidado: é comprida, de textura áspera e desgrenhada e as cores permitidas são o cinzento lobeiro ou ardósia, o preto (com ou sem marcas de fogo) e o gamo.

A cabeça é pequena e leve, o crânio quase achatado, e o chanfro apresenta-se ligeiramente inclinado. Os olhos são escuros e as orelhas cónicas compridas estão inseridas um pouco acima da linha dos olhos. O pescoço é magro, desprovido de pregas de pele e o peito é profundo. O dorso é relativamente longo. Os membros estão cobertos de pêlo comprido e as pernas são ligeiramente longas. A cauda com boa inserção é mantida à maneira de “sabre”.

Observações
O Griffon Nivernais deve ser escovado regularmente com uma escova e um pente, altura em que se deve verificar as suas orelhas para evitar infecções futuras. Com esta raça convém prestar particular atenção aos indesejáveis parasitas que se agarram ao pêlo do animal.

Este cão não se adapta bem à vida urbana, uma vez que aprecia espaços amplos e necessita de praticar bastante exercício físico
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